Nomes do Flamenco - María Pagés

María Pagés é uma bailaora sevilhana reconhecida internacionalmente cuja formação se deu nas mãos de mestres como Matilde Coral e Manolo Marín. Nascida em 1963, aos 14 anos iniciou sua carreira profissional, como solista nas companhias de Antonio Gades, Mario Maya, entre outros.

No final dos anos 80, María deixou de interpretar o trabalho de outros artistas para começar a desenvolver e explorar suas próprias idéias coreográficas. Em 1990 fundou a Companhia María Pagés, que debutou com o espetáculo “Sol y Sombra”.

Já recebeu vários prêmios por suas coreografias, sempre inovadoras, que confrontam música clássica, tango, pop, além de outros estilos, com o flamenco (procurem no youtube ela dançando "Imagine"!). Desde 1995 atua no projeto “River Dance Show”, montagem que apresenta dança irlandesa com outros tipos de dança em vários teatros internacionais.

Sua trajetória profissional foi referendada em 2002, quando recebeu o Prêmio Nacional de Dança da Espanha na categoria “criação”. Nunca antes um bailaor flamenco havia recebido tal prêmio por sua faceta coreográfica, somente por interpretação.


Comentários

giovana disse…
Gosto muito da Maria Pagés. O que me encanta mais são os movimentos corporais bem diferenciados do que a maioria dos bailaores faz. Os movimentos de braço são incrivelmente harmoniosos, como se fossem um "baile" a parte.
É interessante o trablaho com o pessoal do River Dance, mas os trechos dos espetáculos solo são, na minha opinião, muito mais belos, ricos.
Não é dela um espetáculo chamado Sevilla que tem, entre outras coisas, um figurino de cair o queixo também???
besitos
Prefiro um Livro disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
Prefiro um Livro disse…
Encantadora! Acho fascinante o trecho de Firedance, em que há o duelo do flamenco e dança irlandesa!
O vídeo citado dela bailando ao som de Imagine é de arrepiar também!
Lindíssima bailaora!
Thamina disse…
Pessoal, pra quem ainda não conferiu o video abaixo, vale a pena:
http://www.youtube.com/watch?v=b_RNQfIupys&feature=related

Ta aí uma bailaora que deve inspirar pela total consciência corporal! Linda!
Patrícia disse…
O que me agrada na Maria Pagés é que, além de dançar maravilhosamente bem, as misturas feitas por ela não descaracterizam o baile flamenco. Não sou contra as inovações, nem contra experimentar o flamenco com outras artes ou outros estilos. Mas, na minha opinião, alguns artistas extrapolam a um ponto em que não é mais possível reconhecer os elementos fudamentalmente flamencos em seus bailes. Apesar de reconhecer o valor desses artistas, pois são pessoas de vanguarda que agregam muito esforço e muita criatividade em seu trabalho, me preocupa a direção para qual o flamenco está caminhando ultimamente. E me pergunto sempre: como estarão as coisas daqui a uns 10, 15 anos?