Entrevista com Diana Thedim

Nascida em Portugal, Diana Thedim vem de uma família de artistas e desde muito jovem entrou em contato com o mundo flamenco. Incentivada por uma bailarina espanhola, Diana mudou-se para Madri onde iniciou seus estudos de baile flamenco no famoso Centro de Arte Flamenca e Baile Espanhol Amor de Dios. Dentre os maestros com quem fez aula, é possível destacar Maria Magdalena, Manolete, Guito e La Tati, com quem participou de inúmeros espetáculos.

Como coreógrafa, em 1999, Diana Thedim colaborou com Javier Yagüe, diretor artístico da Sala Carta Pared em Madri, na obra Las Manos e neste mesmo ano estreou no Teatro Danny Kaye de Nova Iorque o espetáculo Iberos (apresentado no "New Europe '99 Festival") produzido pelo World Music Institute com apoio e financiamento do Ministério da Cultura Portuguesa e do Ministério das Relações Exteriores Espanhol. O espetáculo foi considerado um sucesso pela crítica espanhola, portuguesa e americana, sendo destaque inclusive no New York Times.

Dentre outros espetáculos produzidos, é possível destacar La Luna Llena, Flamencos, Llanto por Federico, Duende – Juego y Teoría e Al Rojo Vivo, que contou ainda com a participação de uma jovem promessa do flamenco: o bailaor catalão Miguel Fernandez El Yiyo.

Paralelamente a seus projetos artísticos, Diana também dirige, desde 2002, o Centro de Produções Artísticas e Baile Flamenco Arte Jondo – um espaço aberto a outros artistas e companhias em que se desenvolve um trabalho pedagógico e mantém ativa a criação e a produção de novos projetos.

No final de 2009, Diana Thedim gentilmente concedeu à Oficina Flamenca uma entrevista, a qual pode ser acessada na íntegra clicando AQUI. Nela, Diana fala sobre sua experiência profissional, sobre seu Centro e nos conta um pouco sobre sua visão acerca do flamenco na atualidade. Abaixo estão alguns trechos desta conversa!

"Tive a sorte de começar por trabalhar em teatros com artistas convidados por mim e poder desenvolver um trabalho criativo próprio ao lado de grandes artistas. Isso permitiu construir uma forma de ser e estar diferente como bailaora. Trabalhei também com outras companhias, como foi o caso de Manolete, mas sempre tive absoluta liberdade criativa e isso para mim foi e continua sendo muito importante."

"A minha proposta metodológica? Sentido e técnica em proporções equilibradas. Muita técnica não faz um bailaor ou bailaora. Porém, só com coração também não se baila…"

"Creio que atualmente se está dando mais valor ao desenho do copo que à bebida. Ou seja, mais à quantidade do que à qualidade. E poucas vezes se trata com o merecido respeito quem pisou as uvas… Mas também há alegrias porque sempre surgem artistas/criadores fantásticos. Um pouco de tudo… será a evolução “natural” dos tempos… Acredito que tudo é cíclico e respeito toda e qualquer forma de ser e estar sempre e quando tenha verdade interior."

Para conhecer mais sobre Diana Thedim e sobre o Centro de Produções Artísticas e Baile Flamenco Arte Jondo, não deixem de conferir os links a seguir:





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