Palos do 2º Semestre: Martinete

Continuando os posts da Oficina Flamenca para orientar os/as alunos/as da escola a montarem sua grade horária neste segundo semestre de 2012, hoje falaremos um pouco sobre os Martinetes.

Trata-se de um cante cigano bastante antigo, cujo nome provém da palavra espanhola martillo (martelo), em alusão aos ambientes das oficinas dos ferreiros, ou seja, as fráguas, local que serviu de seu berço flamenco. É executado a palo seco, ou seja, sem acompanhamento do violão (em espanhol, guitarra), mas que pode ser marcado com o toque de bigorna, que mantém seu compasso amalgamado (ou seja, de 12 tempos).

Sua contagem é feita de duas formas:

8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6

ou, a fim de simplificar,

1 2 3   4    5

 Inicialmente, os martinetes não eram bailáveis, porém, hoje em dia, eles podem ser dançados, sendo que os passos casam muito bem com o de outros palos, tais como as seguiriyas, as serranas e as livianas. De modo geral, o baile por martinetes é bastante complexo, pois demanda um grande domínio de compasso, precisão e velocidade dos movimentos, como pode ser observado nos dois vídeos que se seguem.

Este semestre, a turma de martinete será ministrada às 3as e 5as das 20 às 21 no setor sudoeste. A aula de técnica não é fechada, porém, a coreografia - que será ensinada às 5as, está recomendada apenas para alunos/as de que já fizeram, mas não apenas isso, que dominam um conjunto de bailes recém ministrados na escola, tais como caña, tarantos e soleares. Para tanto, faremos um teste de nível no primeiro dia de aula de martinetes, no qual as pessoas serão solicitadas a executarem uma mini escobilla de seguiriyas, marcarem o compasso com palmas e pés a palo seco, e contarem em voz alta o compasso acompanhando uma música específica. Procure as professoras Patrícia e Renata caso você tenha interesse em participar dessa turma, mas não tem certeza de ela é a mais adequada. 

Mas lembrem-se sempre: a Oficina Flamenca sempre procura oferecer coreografias dos mais variados graus de dificuldade. Procurem pautar suas escolhas pelo bom senso: bailes difíceis podem ser desafiadores e estimulantes, porém, se mal executados, de pouco adianta o esforço de todo um semestre. É sempre preferível concentrar seu aprendizado em algo que você conseguirá dominar por completo e não simplesmente executar de forma insegura e atravessada.

A fim de atender a demanda de pessoas interessadas no horário de quinta-feira à noite, no setor sudoeste, estamos cogitando oferecer mais um baile. No entanto, lembramos que, tanto no caso a turma de martinetes às 20, quanto no caso da turma de técnica às 19, é necessário que haja um mínimo de 5 inscrições para criarmos um terceiro horário.

Caso uma dessas turmas não se confirme com o número mínimo de inscrições, o baile poderá ser ajustado para um grau de dificuldade médio a fim de incorporar outras pessoas interessadas no horário. 

A partir do dia 30 de julho esses ajustes serão anunciados, conforme informado no início do mês.